Ôh Celle

Eu nunca tive autoestima Juntam-se os fatos de eu ser muito tímida, com o fato de eu ser preta, de eu gostar de coisas que as pessoas que eu convivi por toda minha vida não gostam, de eu querer coisas que estão longe demais para serem alcançadas, de eu ser sempre a segunda opção mesmo quando racionalmente tenho potencial para ser a primeira, etc., que já temos a receita da bomba relógio da falta de aceitação. Eu nunca odiei minha cor nem o meu cabelo (exceto na pré e adolescência), mas eu odiava o fato de ser muito estranha, de nunca conseguir me encaixar, de nunca consegui me entender, das pessoas não compreenderem meu jeito super estranho de demonstrar afeto, dos meus defeitos serem tão grandes, tão complicados, etc. Pra completar em março eu raspei minha cabeça pq é isso que eu faço, eu simplesmente pensei que seria algo legal e em cinco minutos meu cabelo estava todo no chão da casa, foi interessante ter a certeza de que o cabelo era um aspecto tão importante para as pessoa

Coisas serão um obstáculos, pessoas serão um desafio a ser ultrapassado...  você será seu melhor amigo nos piores dias e seu pior inimigo nos melhores,  você se pegará pensando no que abdicou, no que sofreu, nas pessoas que te deixaram para trás nas pessoas que você deixou pra trás.  Nas perdas e nos ganhos,  você fará um balanço e verá que as derrotas são muito maiores,  mas siga em frente custe o que custar,  a felicidade está nesse movimento de ignorar seus medos, de amar hoje mais do que se amou ontem, nas pessoas, nos encontros, desencontros, decepções e na amabilidade de nunca desistir dos seus sonhos.

O que é ser adulto (a)? Para a maioria das pessoas ser adulto(a) está relacionado a responsabilidades financeiras e familiares. Quanto maior a carga obrigatória de responsabilidade de uma pessoa maior é sua aproximação da vida adulta. Pouquíssimas são as relações feitas entre a adultidade e a maturidade, é muito raro ver alguém confrontar o fato de ser adulto com uma questão de maturidade. A maturidade é a capacidade de lidar com os problemas de forma mais serena e racional, ou seja, ser maduro é sabe exercer de forma responsável e racional o controle de seu dia-a-dia e de seus problemas cotidianos. Ou seja, ser maduro é ser adulto(a), ser responsável é ser maduro(a) e adulto(a). Deste modo, o ser adulto(a) não é algo absoluto, você pode ser adulto(a) em alguns aspectos e em outros não. Você pode ser responsável por trabalhar, se sustentar e pagar suas contas, mas em outros aspectos de sua vida você pode permanecer não sendo adulto(a) a depender da forma como você lidar

A sociedade é desigual racialmente e em decorrência disto é também desigual socialmente. Todavia, mesmo sendo claramente visualizável a desigualdade, podemos inferir que a mesma é tratada como um projeto e não um problema. Vemos isto quando nos deparamos com uma pessoa que estuda a vida toda em escola particular ou estuda em escola pública, mas tem condições financeiras para comprar merenda na escola, uma moto para buscá-la no fim da aula, cursinhos variados para aumentar seu conhecimento, os cadernos que quer, o melhor material, sem sequer saber o preço disso, uma bolsinha cheia de  Fáber Castel, inglês, informática, grana para sair, para tomar seu sorvete, para ir ao cinema, viajar nas férias... Enquanto, seu coleguinha vai para escola com o intuito maior de merendar, porque essa é a única comida que vai ter durante todos o dia e/ou dali ele já vai emendar o dia no trabalho, seja faxinando a casa de alguém, lavando carros, catando latinha, capinando um lote, vendendo picolé,

Olá! Tudo bem com você? Ultimamente tenho pensando muito na vida, nas pessoas e em tudo que acontece a nossa volta, pensado nas dores do mundo, sério, tenho pensado nisto. Sobretudo, tenho pensando sobre minhas próprias dores, nos meus problemas, escolhas, em tudo que faz parte de mim. Minha vó me disse coisas, sobre seu telefonema, nada de ruim.  Fiquei surpresa, por semanas tentei entender o que estava se passando, esperando que meus pensamentos deixassem de fervilhar um pouco, para poder tirar conclusões com a 'cabeça fria' como diz o ditado. Eu vi sua mensagem no facebook e fiquei mais confusa ainda, esperei um tempo tentado me entende e me entendi. Foi difícil, mas eu me entendi. Cheguei a conclusão que minha vida é muito complicada, que eu sou muito complicada, vou dizer isso sem nenhum medo, sério, foi difícil para mim chegar a maioria destas muitas conclusões. A primeira delas é que eu cresci sofrendo repressões horríveis, vc conhece meu pai, talvez vo

Quando somos muito jovens, temos que fazer escolhas muito difíceis Dependendo das situações familiares, financeiras, sociais e raciais essas escolhas podem se dividir entre uma simples fase de vida ou a opção por uma vida nova e talvez melhor. Existem pessoas no mundo que lutam contra todas as estruturas sociais e políticas para conseguir fazer estas escolha e não simplesmente deixar que a vida siga no automático. E esta luta é também uma luta contra si mesmos. Isto não significa que quem está nesta vida automática não esteja lutando ou que sua luta seja mais fácil ou amena que a luta daquele que busca transgredir as imposições e seguir outro caminho. Ambas as escolhas são uma forma de luta, ambas difíceis e determinantes do destino e do futuro daquele que escolhe. Constando que escolher é uma ação e sair da inercia é viver e a vida é cruel e dura, pincelada por momentos de alegria e contentamento, a vida é o outro misturado a si mesmo. Nós nos preparamos para escolher n

Esta infinitude de sentimentos, que estão a parecer devorar minha alma. Em um ambiente solitário em uma mente tão cheia de tudo. A TV esta ligada, posso ouvi a voz aguda, os gritos esganiçados da vizinha, é, de fato uma solidão ruidosa e dilacerante. Meus pensamentos borbulham, lembro- me das minhas primeiras lembranças, da primeira vez que tive consciência da minha existência, dos sabores que experimentei, de pessoas com as quais convivi. Suas vozes, feições, visitam minha mente rotineiramente mesmo elas já tendo partido. As minhas lágrimas os acompanham, ou talvez seja o contrário. Não tem ninguém com quem eu possa falar a esta hora da madrugada, mesmo que houvesse eu não sei se tenho o que dizer. Acho que eu só queria que alguém pudesse me decifrar sem que eu precise me descrever. Eu não quero alguém que escute minhas inquietações ou me traga uma solução.  Tem solidões de vida e presenças que a gente vive sozinho.

Nós nos sentamos nas poltronas de nossa ancestralidade E em nossas consciências repousam indagações e incertezas Nós nos sentamos nas poltronas de nossa ancestralidade E sobre nossos corpos repousam as correntes, a solidão e a morte Nós nos sentamos nas poltronas de nossa ancestralidade E em prantos nos lembramos da desumanização que a 'humanidade' colocou sobre nossa pele, nossos traços, nosso sexo, nosso caráter... E, enfim, nós nos levantamos das poltronas de nossa ancestralidade, recolhemos a bagagem à nossa pequena mala do coração. Andamos descalços léguas com o sol escaldante e tempestades aterrorizantes sobre nossas cabeças Sujamos nossos pés com o sangue de nossos irmãos vitimados pelo racismo, violência e ostracismo Nós nos abaixamos recolhemos as almas de nossos irmãos ainda acorrentados,  nos deitamos ao lado d'outro agonizante Dividimos nossas dores, e, por fim nos levantamos com ele nos braços, Nós rasgamos a alforria;  Nós