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Mostrando postagens de 2014

Te Amo, Diferente.

Eu pude ouvir seus sussurros. Seus gritos. Seus lamurios. Eu ouvi você, sua voz doce. Eu vi você,  seu olhar terno e acalentador. Ninguém nunca me amou como você. Eu nunca imaginei que alguém pudesse enxergar minha alma sem despir-me ou transgredir meus conceitos. Seu amor genuinamente nu. Sua paz diante do caos da minha existência. Muitas noites pensei em ti, e durante os dias meus sonhos foram desconfigurados. Você é primário nas letras,  mas suas palavras soam quase que incondicionadas aos meu desdém, aos meus defeitos, aos meus medos e dores. Eu pude ouvi seus sussurros. Eu não pude ignora-los, pois eles soavam como gritos aos meus ouvidos. Um amor não pode ser ignorado. Eu preservei e preservarei a paz do seu coração,  não quero que o meu caos fira seu coração e seu amor. Te amo, diferente. Marcelle Lima.

Não Que Isso Seja Relevante.

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Eu sempre gostei de escrever, as letras para mim funcionam como uma terapia. Neste exato momento eu deveria estar estudando Direitos Reais, mas a minha mente não me dar sossego, enquanto eu não a satisfaço com algumas palavras, reflexões. Eu auto intitulei este blog como 'relevante', mas não em uma atitude presunçosa de acha ou considerar que ele deva ser relevante ou determinante na vida e nas opiniões de quem quer que seja, somente à mim. Ele trata das questões que me inquietam, ele trata de tudo, absolutamente tudo, desde versos de amor feitos por mim em uma manhã piegas e apaixonada, passeando entre elegias, e considerações sobre justiça, paz, fé... Escrever para mim é como andar, não que seja fácil, pois não padeço de nenhum problema de mobilidade, e tudo para mim é sempre um aprendizado, mas escrever para mim é como andar, pois eu posso mudar de direção a qualquer tempo em ambas às atividades. É um ato de reflexão continua, ininterrupta... Um text

Da Bondade e da Prodigalidade.

Ser bom não é fazer tudo conforme o indicado, conforme as instruções. Ser bom é fazer o impossível por aqueles que nunca pediram, sem ouvir agradecimentos ou requerer reconhecimento.  É algo não oneroso. Bom não é um adjetivo apenas, ser bom não é uma qualidade concebida; ser bom é amar sem saber o que é o amor, é sofrer para trazer alegria a outrem. Não existe o ruim existe o não bom, a abstenção do necessário. Não contentar-se com o preestabelecido é buscar um bem maior para si e para os outros. Ser bom é acreditar, pois até para ser cético é preciso acreditar em algo. Pois existe uma escada, uma montanha a ser escalada, pois nem tudo é maquiagem, nem a mascara, a personagem, a felicidade, o amor. A dor existe e não pode ser negada, não ha como protelar resultados óbvios, o enfrentamento é iminente. Viver o hoje é ter esperança em um amanhã melhor, pródigo. Marcélle Lima 

Olhar Para O Amor.

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Acabo de constatar que você é só mais uma das minhas obsessões, alguém que nunca me pertenceu, mas que mesmo assim eu não consegui abrir mão. Não sei nada sobre você, alias, tudo que sei sobre você são coisas que eu mesma inventei, fantasias tolas, vans e fúteis. Algo que me tornasse menos diferente, afinal de contas, o que você tem de especial? Eu não sei, nem te conheço. Agora com a caneta em punho, penso, como pude cultivar coisas sobre olhos que eu já vi, mas que nunca foram apresentados a mim, que eu nem conheço? Naquele dia, ao acaso, assim como qualquer coisa sobre nós, jamais entre nós, quando eu sequer lhe reconheci, entendi, finalmente, que você é minha utopia. Eu vi o amor e ele é, talvez seja, dois passarinhos, lado a lado, nos fios de eletricidade, piando um para o outro sinfonias incompreensíveis e irretocáveis de amor. Talvez nem todos tenha o tempo melancólico e piegas de olhar para os fios de eletricidade ou de olhar para o amor, talvez este seja o seu caso.

A Curinga.

Um dia destes eu li um livro inquietante, na verdade eu o devorei de tão interessante e profícua que era sua temática. Um daqueles livros que deixam as coisas pairando no ar. Um daqueles autores que não subestima a inteligencia do leitor, que confia no possibilidade de nós nos inquietarmos e procuramos interpretar suas letras e palavras. Neste livro o mundo é um jogo de cartas onde vivemos embaralhados e existem muitas cartas repetidas apenas desempenhando seus papéis, jogando no tabuleiro da vida, ops, espere ai, não misturemos as coisas, somos peças ou cartas? Ai vou eu sendo curinga, perguntando. Mas voltemos ao pressuposto. Como boas cartas andamos pelo mundo apenas vivendo nossas vidas, algo natural, inquestionável. E se quiséssemos saber o que é o mundo, de fato? E se quiséssemos entender o que é a vida? E se quiséssemos questionar o que é o quer? O que é questionar? E se...? E se?... E se cuspíssemos esta bebida chamada dia-a-dia, que muitas vezes nos aliena

Legados.

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Coisas vi, legados ficam, ensejam em mim, esplendido ardor. Pois, muitos vêm, poucos fixam. A água toca, o vento leva. A alma exorta, póstuma relíquia. Assim, acentuam-se. Apagam-se letras, palavras e nomes. Pois vi apenas coisas. E somente legados permanecem. Marcélle de Lima.

Eu Pude Tocá-los!

Ontem foi dia 20 de novembro. E digo a você que foi um dia memorável para mim. Foi o dia da Consciência Negra, dia de Zumbi, dia de todos nós. Mas o meu regozijo não aliasse a isso. Aliasse ao fato de eu ter vivido, em sala de aula, o dia mais consciente racialmente de toda a minha vida em sociedade. Ontem houveram tentativas de deslegitimar a Consciência Negra e a luta preta por direitos, assim como ocorre todos os dias. Logo quando entrei no prédio onde são ministradas as aulas deparei-me com diversos 'banners' contendo charges sobre o racismo, consciência negra, seus efeitos e estereótipos, demorei cerca de 15 minutos só para ver um por um deles, este foi o atraso mais prazeroso de toda a minha vida. Ontem foi um dia comum, um dia como qualquer outro, mas mesmo assim foi um dia inesquecível, pois vi minha professora propositalmente lecionar sobre os "Crimes de Discriminação na legislação brasileira", e digo que em 16 anos de assiduidade escolar eu nu

Era Uma Vez Um Mundo.

Era uma vez um mundo. Assim como sempre, cheio de subterfúgios,  tolos, vãos...  Assim era o mundo, Era, uma era de desnaturalização. O que há de bom, O que há de são, neste mundo? Queria ser mais uma parte, um pontinho escuro, em um mar negro. Negro como a noite. Era uma vez um mundo, desenhado com pinceis que não cabem em nossas mãos, visto através de espelhos, irrefletiveis. De nós, só de nós. O que há de nosso? O que há de lógico? uma lógica meramente cristã. Era uma vez um mundo, sem tambós, sem amor,  sem consciência. Mundo branco. Era uma vez um mundo, sem 'zumbis', sem imaginação, uma paz unilateral. O que há de belo, em um mundo de lados? Um lado sorrisos, Um lado lágrimas, antinomias idiomáticas. Era uma vez um mundo, de espelhos viciados,  que teimam e não nos refletir. Era uma vez um mundo! Que nunca foi nosso! Marcélle de Lima. #BlackNovember.

Os Olhos de Estrelas.

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Quero estar consciente da minha ausência e da minha interrupção. Quero ver-me forte não silente, não uniforme. Quero a dispersão da congruência,  quero a vivacidade dos brados de amor, de dor, de morte. Distanciar-me das represálias. Aproximar-me para entender, e talvez um dia ser consciente. De todo descente, que a antinomia me acrescente, mais inquietações que estancamentos. Quero vivê-lo e sê-lo engajamento. Quero estar contigo, comigo e com o mundo. Quando a noite chega, seus olhos brilham mais que as estrelas. Olhos de estrelas. Os emaranhados dos seus cabelos abrem caminho jamais imaginados, embebidos de amor. Plantaram nossa agonia e nós colhemos medo, angustia e dor. Por isso quero ser tudo aquilo que um dia sobejado foi aos olhos de estrelas. Sonho com a amabilidade de olhares e não com a desconfiança. Que mesmo o manso tolhimento insiste em subjugar. Quando seu corpo balança, sua crença esbanja, e entoas seu cantar. Nossos de

Todo Dia É Dia De Preto.

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Dia 20 de novembro é dia da Consciência Negra. O dia de uma consciência apropriada pela  inconsciência, repudio a excludente e imbecil conceituação daqueles que a tacham como consciência humana, uma exo - consciência . É devido a este tipo de apropriação e desvirtuação que a excludência e o apartheid institucional são sempre contemporâneos,  está é uma das formas de perpetua-las. O dia 20 de novembro de 1695 foi o dia da morte de Zumbi dos Palmares, herói da resistência negra ao julgo da escravidão, herói que como tantos outros foi massacrado junto com outros guerreiro e companheiros de luta. As instituições racistas ainda tentam nos fazer esquecê-lo. Dia 13 de maio de 1888 foi a abolição  da escravatura no Brasil, mas será que somos de fato livres? Deixo esta indagação a quem convier. O Brasil celebra o dia 20 com algumas reportagens na televisão, com alguns cartazes nos corredores das escolas menos inconscientes, o dia do negro brasileiro. Um dia para mais de metade

Liberdade de Intolerância.

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Tenho pensado na humanidade. Pensado nas desigualdades, na política, nas palavras, pensado sobre o próximo, sobre mim. O homem é um ser social, não vive sozinho e mesmo quando em completa solidão fantasia companhia, compreensão. O homem é ser condicionado, vive o que é bom e o que é mal. É hipócrita, é alegria e ama  na medida em que é aceitável que assim o faça, para não ser execrado, tachado como antissocial ou exagerado pelos padrões já estabelecidos. Faz amor, faz ódio, faz amizade, faz solidão. Quando materialmente sozinho nunca está em solidão, pois recorre ao Senhor. Canta, dança, chora, clama... O ser humano é a própria dor, é amor, é contradição em si. Alguns vivem na orla da praia outros na viela suja, insalubre... cada um anseia por algo que para si é a maior das injustiças, pois tudo é juízo de valor. Uns reclamam da insegurança, da falta de privacidade, falam sobre política tomando champanha em um restaurante tipificado como estrangeiro; outros dormem quat

A dor.

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O que é a dor, se não ausência e protuberância. Ausência de paz, ausência de si mesma, casulo oco, o não pertencer. A protuberância do medo, da angústia, pois nem toda a astúcia leva-me ao céu. A dor é a solidão de si mesma. É vê-se e não se achar. É procurar sem enxergar. Correr e engatinhar, viver sem se amar. É dormir e não querer despertar. Morrer sem queixar-se, viver e calar-se, a dor é não doer, a dor é corroer. É mestre e aprendiz. O frigido, o lente, o drama. É não se suportar. Marcélle de Lima.

Um ninguém sem seu nada.

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Será que é possível a nós, nos modificar em nossa essência? Ao nosso 'ser' podemos oferecer mudanças? Acredito que não, pois tentar mudar nós mesmos em nossa essência é nos mutilar. Tentar ser quem não somos nos transgride, nos violenta, pois é impossível ser feliz vivendo contrariamente aos nossos princípios mais íntimos. É como dispormos de algo que não possuímos, é como oferecer nossa alma, mesmo pelo propósito mais nobre possível; pois como viveremos sem alma? É o mesmo que retirar as mãos daquele que toca, as palavras daquele que aconselha, a fé daquele que pastoreia, é deixar um ninguém sem seu nada... É morrer estando viva, andar sem destino. Lembrando que em palavras ditas não se volta atrás, não devemos mudar o outro dentro de nossa conveniência, devemos respeitar aquilo que não entendemos, aceitamos, pois cada um tem seu caminho e sua verdade. Ás vezes, conceituar é restringir, aconselhar é influenciar, gritar é dizer, mas as vezes d

Uma Neurótica Busca do Utópico.

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O mundo cobra de nós todos os dias uma maturidade e dureza espiritual sobre-humanos. Cobra de nós que sejamos perfeitos fisicamente e emocionalmente normais, ou seja, quer que não haja diferenças, mas somente uniformidade, uma uniformidade cruel que destrói as diferenças, impede as mudanças que são o cerne das evoluções. Mulheres superficiais e aparentemente perfeitas moldam o conceito de beleza, uma predeterminação excludente que gera uma neurótica busca do utópico. Opiniões fúteis são tidas como relevantes e opiniões relevantes tidas como desnecessárias, o que realmente poderia causar mudanças determinantes no mundo é deixado ao ostracismo. O direito de opinião que é muito importante acaba sendo interpretado literalmente como se ofender, achincalhar, humilhar fosse algo divertido ou como se o direito de opinião fosse mais importante que a liberdade de pensamento. As pessoas não percebem que no mundo sobrevivem 7 bilhões de pessoas, o mundo é a própria multiplicidade, em to

Disfarce Ameno.

Nossa alma, nosso íntimo é tão estranho. É contradição; adição subtraída. Vida corrompida, morte iminente. Morremos em partes todos os dias. Vivemos por viver tendo a morte presumida. O 'feo' de nossas lágrimas, a brisa mais suave, sorrisos de dor profunda. Disfarce tão ameno, pois explicar algo gigantesco mas pequeno me mata a cada dia um pouquinho. Marcélle L.P