Olhar Para O Amor.

Acabo de constatar que você é só mais uma das minhas obsessões, alguém que nunca me pertenceu, mas que mesmo assim eu não consegui abrir mão.
Não sei nada sobre você, alias, tudo que sei sobre você são coisas que eu mesma inventei, fantasias tolas, vans e fúteis. Algo que me tornasse menos diferente, afinal de contas, o que você tem de especial? Eu não sei, nem te conheço.
Agora com a caneta em punho, penso, como pude cultivar coisas sobre olhos que eu já vi, mas que nunca foram apresentados a mim, que eu nem conheço?
Naquele dia, ao acaso, assim como qualquer coisa sobre nós, jamais entre nós, quando eu sequer lhe reconheci, entendi, finalmente, que você é minha utopia.
Eu vi o amor e ele é, talvez seja, dois passarinhos, lado a lado, nos fios de eletricidade, piando um para o outro sinfonias incompreensíveis e irretocáveis de amor.
Talvez nem todos tenha o tempo melancólico e piegas de olhar para os fios de eletricidade ou de olhar para o amor, talvez este seja o seu caso.
Marcélle de Lima.

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