#DIÁRIO: Caminhando na Direção Contrária
Eu estava mergulhada em um mar de desesperança, com a ilusão de que poderia ter algum controle sobre o mundo a minha volta, sob as influências que este mundo teria sobre mim, mas não existe controle. O maior controle que existe é o reconhecimento de que não temos controle. Eu estava me afogando nos sentimentos de frustração que tive ao perceber que sou alguém ordinariamente comum. O desespero tomou conta da minha alma, afogada no meu passado, restou-me somente o medo, a dor, os traumas. Já estava entregue, parecia que meus pulmões já estavam cheios de água até que estava ressurgindo na superfície do mar, percebi que estava nadando? Não, estava sendo salva por uma mão invisível de misericórdia. Cheguei à praia, o som retumbante dos meus próprios pensamentos de incredulidade surgiram e mais uma vez me afastei, caminhando na direção contrária às pegadas de alguém invisível, mas presente, onipresente, que pareciam fazer uma trilha para que eu pudesse me guiar, me perdi. Eu estava destroça