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Mostrando postagens de setembro, 2015

Mundo de Celly

Existia um mundo, colorido, cheio de nuances, de formas, de curvas, Neste mundo, quase tudo era permitido, um mundo sem refúgio. para aqueles que eram proibidos! Em meio à poucas árvores que nele ainda resistiam, resistia também uma menininha, pequena, franzina,  sempre tímida,  às vezes triste! Menina de pernas finas, Celly era seu nome, essa menina não se encaixa neste mundo, assim como tudo que ela era, um ser proibido, exortado, maculado, subsumido! Celly tinha em seus cabelos  um emaranhado de crespura, de doçura, de completa paz! Pássaros e abelhas adoravam nele fazer morada, e sussurravam nos ouvidos da menina, poemas doces e elogios insofismáveis! Os pássaros contrariavam o mundo, um mundo sujo, que tolera todas as cores, menos a cor da menina. Celly, é a própria transgressão da congruência, indecência, sub humana! Neste mundo, tudo era permitido, todas as cores, com exceção da cor da menina, pob

Apartheid

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O menino olha em volta, há céu aberto, vê-se tudo, a céu aberto nuvens fechadas. O menino olha pro lado, a ombros largos, barracos, ninguém. O menino olha pro auto, vê desenhos de alegria nas nuvens. Olha pra frente e não ver nada, Olha pra trás ver todos os seus. O menino olha pro mar, não vê horizonte, mar, areia, tudo sonho. Um menino sem mundo, sem caminho, destino traçado, nada! Marcélle de Lima